sexta-feira, 17 de fevereiro de 2012

É carnaval, venham sambar!

O carnaval não é tão somente cachaça, putaria e besteirol. Nem tão pouco só um grande (e, convenhamos) que um grande feriado. O carnaval, apesar te der mudado muito de uns tempos pra cá, ainda pode ser considerado, (pelo menos pelo meu ponto de vista) como ALEGRIA! Acho quase tudo muito bonito. Gosto da explosão de cores que só o carnaval tem, gosto da "ideia de liberdade", da mistura entre as classes sociais, tudo tão livre e desinibido.
Ontem ouvi um certo comentário um tanto quanto crítico de mais, ouvi dizer que o Carnaval de hoje tem um clima pesado, que as músicas são ruins, entre outras coisas. Também acredito que o carnaval hoje em dia tenha mudado, é claro. Mas já a crítica com a música é algo que me entristece. Na minha humilde opinião, acho que ninguém tem o direito de fazer qualquer tipo de crítica quando você não tem domínio ou conhecimento nenhum sobre o assunto. Eu por exemplo jamais criticaria um médico. Se ele diz que tenho que tomar "Lexotan" eu simplesmente tomo sem pestanejar. Ele entende do assunto, sabe do que está dizendo. E eu no caso, sou só mais uma louca!
Apesar de muitas brigas que rolam no carnaval, pelo simples motivo que, algumas pessoas tornam-se "machos" (sejam essas pessoas homens ou mulheres) de mais e saem agredindo geral com a "desculpinha" do álcool em excesso. MITO, na minha opinião. Com álcool ou sem álcool essas pessoas são pra mim animais enjaulados e quando surge uma pequena oportunidade, soltam o bicho louco que tem dentro delas. Eu, mesmo não sendo médica, recomendo um Lex. =)
Em todos os dias do ano vemos pessoas idiotas, músicas ruins e clima pesado. Ainda existem os banheiros inventados no meio da rua, alvoroço, o som alto e insuportável para quem não curte as marchinhas, roubos, acidentes e etc, etc, etc...Eu poderia ficar aqui listando inúmeras coisas ruins, mas só acho que vale lembrar e RESSALTAR que, estamos sujeitos a tudo isso e muito mais, todos os dias do ano, todos os segundos de nossas vidas. Acho besteira jogar o carnaval no ventilador como se fosse só merda. Como se a culpa de tudo fosse dos foliões enlouquecidos e apaixonados pelo samba. Seremos sempre sujeitos a não concordar com tudo. Sempre seremos contrários, com opiniões diversas. Vale ressaltar também o RESPEITO. Cada um com seu qual, curtindo aquilo que gosta, do jeito que gosta. As coisas mudam velho rapaz. E é carnaval, vamos cair no samba!

segunda-feira, 6 de fevereiro de 2012

Santo Dramin! Comprado seja, amém!

Depois de um domingo verde, com a ressaca mode on no 220, um final de semana recheado de gordices, boas companhias, festa, álcool, dança e muitas bobeiras, minha inimiga insônia fez a sua desnecessária visita. Ela chega assim, de mansinho, como quem não quer nada, e aí eu tento ficar calma. Ligo a TV, assisto um daqueles filmes chatos do Domingo Maior, olho você do meu lado dormindo como um anjo, te abraço, formo a nossa conchinha e tento dormir. Só que infelizmente a maldita tenta me impedir e pronto: ela consegue!
Ouço repetidas vezes meu coração a mil por hora, batendo mais forte e mais rápido que música eletrônica em festa rave. Ouço o grilo lá fora, cachorros latindo e juro que consigo ouvir até o barulhinho de uma formiga. Tudo para me tirar do sério, tudo para eu perder meu sono. Sou louca e perdidamente apaixonada pelo silêncio. Acho divino. Mágico!
Enquanto o sono não vem, mesmo estando cansada, com olhos pregados e a respiração lenta, solta eu viro e me reviro na cama, bagunçando sempre o meu lençol. Sou capaz de deitar pra dormir na minha cama e acordar na varanda, de tanto mexe mexe que rola em minhas noites mal dormidas.
Se me perguntar, o que é que acontece? Eu sinceramente nunca saberei responder. Não é preocupação, é inquietação mesmo. Algo repentino. Que incomoda e muito.
Depois de arranjar milhões de pretextos e tenta culpar alguma coisa que certamente está fora do normal em meu sono, eu simplesmente abri mão. Jogando a real: me tornei consumidora contínua do Santo Dramin. Para os que desconhece, Dramin é um medicamento indicado para "náuseas e vômitos da gravidez. Na profilaxia e tratam. das cinetoses e suas manifestações: enjôos devidos a viagens marítimas, terrestres e aéreas. No controle profilático e na terapêutica das perturbações vestibulares. Nas perturbações observadas pós os tratamentos radioterápicos intensivos. Na prevenção e tratam. das náuseas e vômitos no pré e pós-operatórios. No tratam. das labirintites e nos estados vertiginosos de origem central." Bula do remédio.
Como o medicamento causa uma certa sonolência...(sonolência que nada, derruba mesmo! Puft eu capoto tomando!) eu passei a consumi-lo, assim, bem moderadamente. Tomo quase todos os dias só pra me prevenir da maldita insônia. É claro que estou errada, completamente errada. Nem se preocupem em perder tempo para me dizer isso! O fato é que ele me ajuda e muito.
Nem são longuinho é tão eficiente pra mim em comparação ao Dramin. O santo dos sonos.
É claro que hoje, depois de dormir aproximadamente umas 3 horas no máximo, chutando alto, bem alto, estou morta de sono, cansada, escrevendo aqui, com certeza com muitos erros! Mas se você, assim como eu sofre deste chato problema, fica a dica! É rápido, fácil e eficaz! Muuuuito eficaz...

quarta-feira, 1 de fevereiro de 2012

Um Texto pra Você!

Hoje nada parece me distrair, nem mesmo a nossa conversa, nossos e-mails, nem a internet, nem um bom filme ou um consagrado livro. É o que me falta que parece me enlouquecer. E o que me falta é VOCÊ!
E essa inquietação me tira sério. É que eu tenho tantas coisas para te dizer. E palavras às vezes somem, parecem fugir da minha boca. E quando estou com você, prefiro mesmo o som das nossas carícias, dos nossos beijos, da nossa respiração, o som que tem quando toco a sua pele e de que como minhas mãos deslizam sobre você. Tudo em perfeita sincronia, o som do nosso amor é uma música que não sai dos meus ouvidos. Parece me inflar, me tirar do mundo e me levar pro paraíso.
Tudo tão alto, tão pra cima! E o som desse nosso amor é o silêncio mais lindo e puro que quero sentir. É só o que quero sentir!
Quando acordo e o tenho ao meu lado, posso passar horas acordada apenas te observando dormir. Tão imune as nossas diferenças, neste momento tudo parece suave, calmo, tranquilo e eu sinto a paz. A paz de saber que você está ali e que me escolheu para estar ali. Agora o ritmo do nosso amor é lento. Reparo em como seus pulmões inflam enquanto respira e como esse som flui em meus ouvidos como a minha mais linda canção. E então eu te abraço, suspirando com jeitinho no seu pescoço pra não te acordar. Nosso encaixe é o do tamanho certo. Te aperto tão forte com medo que fuja! E sinto o cheiro que fica na minhas narinas a semana toda só pra recordar todas as vezes que sinto essa saudade tão insana. Meu coração é cego e eu não me canso de te admirar!
Gosto do jeito como nossos olhos se conversam. Consigo ouvir todas as lindas palavras que sempre quis ouvir. Gosto nosso querer. De querer ser só nosso e de mais ninguém. Nosso amor é egoísta mas é igual. Somos tão parecidos.
Esse nosso amor é torpe. Um tanto quanto abusivo. Somos imperfeitos: GRAÇAS A DEUS. Não te quero na medida, te quero inteiro como é. Te quero de cabelo desajeitado com a camisa suja e calças rasgadas. Te quero descalço e de ressaca. Te quero desajeitado e até sem charme. Te quero puro, pelado, nu com a mão no bolso. Te quero de VERDADE e não na minha imaginação. Quero amar todos os seu defeitos. Quero brigas, discussões e desapontamentos. Não quero nada de graça. Gosto de esforços, de batalhas. Gosto de torcer, perseverar e de nunca, NUNCA desistir. Te quero sem máscaras, te quero no suor, na raça.
Tudo tão enlouquecidamente por que é assim que sou. Sou fora do normal. Sem padrões definidos. Sou um desenho todo a colorir e você tem todas as cores que podia esperar. Não quero jogo e nem competição, meu mundo aqui é cego! E eu não vejo as imperfeições.
E eu ando te querendo tanto, de tanto te querer, estou só aqui passando o tempo e contando mais uma vez, as horas pra te ver. Mesmo longe, tem uma parte sua aqui comigo esperando por você. Tenho um amor grande, sem medidas, sem laço e nem documento pronto pra te oferecer.
Meu bem eu só queria te dizer: eu amo você!

terça-feira, 24 de janeiro de 2012

Deixem a mula em paz!

- Ei, está pesado! Quanto tempo será que vou aguentar?
São tantas cargas que pareço desmoronar. Não por fora! Está aqui dentro. Tudo muito ocupado e ao mesmo tempo evasivo demais. Sobrecarregada entre as tampas. Não são as dores nas costas que me preocupam. São as dores no peito que abomino que me fazem contestar. Me sinto fraca. Ao ponto de desistir. Totalmente esgotada!
Não são minhas essas dores, ou será que são? Cabe a mim este trabalhoso dilema? Estão logo ali as respostas que eu tanto procurei? Aquelas que passei anos a fio lutando, me empenhando para conquistá-las. E ainda assim, eu as vejo tão distantes. Problemas sem soluções.
Se tudo isso fosse tão somente meu, eu hoje estaria flutuando. Estaria em uma imensidão de satisfação, prazer, delírios e risos incontidos. Mas não! E isso me destrói.
Sinto que posso tocar o céu, mas não com os meus dedos. Preciso de ajuda. Ainda não que diretamente esta ajuda seja para mim. Mas sei que a vitória, o sabor da conquista, seriam meus.
São minhas as noites mal dormidas, cheias de choro e tormentos. Preocupações que invadem minha paz, que me tiram do comodismo. Estaria eu sendo assim tão egoísta? Espero que não.
É algo que desejo não pra mim, mas ele não pode enxergar...não quer enxergar! Meu Deus, abre os seus olhos! Faça-a ampla. Que ela seja capaz de enxergar novos horizontes; e de possuir suas mais belas realezas.
E que este peso seja enfim retirado de mim. Me deixem! E que esta Mula, sobrecarregada tenha um pouco de paz enfim!

quarta-feira, 18 de janeiro de 2012

Conversas loucas

A vida é tão somente sequencial que nos enlouquece. A rotina chega a me deixar com o sangue fervendo, além do estresse em um nível tão elevado que manchas roxas e queda de cabelo já são super comuns em minha vida. E assim tento constantemente distorcer essa chatice que se chama rotina! Que graça teria o sentido de viver se tudo fosse tão somente superficial? Se os dias de trabalho fossem só trabalho, se o namoro fosse só o amor, se a tristeza fosse só o choro e o riso fosse só dentes à mostra? sem toda a sua história, sem todo o seu contexto mais que necessário.
Adoro minhas conversas loucas, desvairadas recheadas dos mais variados (literalmente) temas com minhas colegas de trabalho. Sabe aqueles assuntos que, na verdade não são nem um poucos oportunos para o momento? Pois é, pra mim são os melhores. Não se tratam de fofocas corriqueiras e questionamentos sobre as confusões e preocupações do trabalho. São assuntos que vão além, assuntos que vem de dentro, sinceros sempre. São dúvidas tiradas, risadas enchendo o ar da alegria que somos feitas de verdade, risadas que comprovam que não estamos aqui só para exercer nossa função. Constantemente esquecemos da nossa maior e melhor função: a função seres humanos. Seres que tem coração, problemas, dúvidas, tristezas, raivas, decepções, alegrias e todos os outros sentimentos. Não existem profissionais que sejam 100% funcionais, sem um pingo de coração envolvido em seu trabalho, em seu convívio com os colegas de trabalho. Chegamos a passar mais horas no trabalho do que com nossos familiares e amigos. É mais que precioso estabelecer um ambiente agradável e uma boa relação com estes parceiros.
E mais que tudo, eu aconselho a você dar espaço e uma oportunidade de conhecer de verdade este seu colega. É tão fácil dizer que ele é isso ou aquilo, que é sistemático ou altruísta, ou que até mesmo é um péssimo profissional se você se mantém tão distante para poder julgá-lo. Quais são mesmo os reais problemas que ele tem? Será que está tudo bem com sua família? Será que está doente?
A vida é um conjunto e tudo SOMA! o OBJETIVO é sempre somar, acrescentar, crescer, multiplicar.
Eu somo e multiplico todas as vezes que sento pra conversar com a minha colega de trabalho, hoje muito mais que isso, uma amiga e companheira, Raquel Miriam =) assim também com o Rafa, com a Léia, Simone, Letícia, Ellen e todos os outros que me permitem esta aproximação. Todos eles em vidas tão diferentes da minha, cada um com sua particularidade e cada um com a minha admiração em especial. No final de cada expediente, de cada risada trocada na hora do café da manhã, no almoço, a tarde ou então quando é possível um contato sem atrapalhar a função de cada um, eu vivo e compartilho momentos exclusivamente maravilhosos e únicos.
Acredito que este seja meu último ano aqui, neste ambiente que convivi coisas inesquecíveis. Espero que tenhamos um ano mais que agradável e que eu possa ter sempre este contato com todos vocês! Eu gosto muito de todos vocês e sei que sentirei uma falta tremenda!
Obrigada por terem feito parte da minha história =)

segunda-feira, 1 de agosto de 2011

Confiar!

Esta palavra, a palavra CONFIAR é uma palavra que gera uma certa repulsa em mim. Um instinto natural e completamente abusivo de negação. Um medo, uma derrota, uma inconstante, um erro. Aliás, vários erros. Faz com que eu me sinta como um cego que acabou de recuperar a visão e tem medo de fechar os olhos e permanecer naquele escuro novamente. Medo, pânico e tristezas que vivem somente dentro de mim e ninguém mais tem a mínima obrigação de entender.
Sabe quando você é pequeno ainda, e ainda tem inúmeras chances de errar, porque você ainda não descobriu o mundo, não sabe como ele é. Você ainda pode tentar e tentar. Confiar e Confiar. Acho que não vivi isso completamente. Vivi pela metade, vivi pelas beiradas. Vivi presa em meus precipícios. Não consegui fechar os olhos e andar na escuridão. Não consegui pular na piscina, me atirando em meio as águas, pois não haviam braços para me acolher quando eu pulasse. Não haviam pessoas em quem confiar. Não havia quem esperar.
Vivi numa vitrine, onde só a aparência é o que conta. Onde a obrigação impera. Me senti desde a infância rejeitada muitas vezes. Me senti muitas vezes sem essa possibilidade de errar. Errar para mim nunca foi permitido. Antes, era porque eu iria morrer de vergonha dos meus coleguinhas de sala. Talvez se eu abrisse a boca e cometesse qualquer deslize seria sempre lembrada como a "burra", e me sentia constantemente ameaçada quando alguém mais "inteligente" que eu tentava tomar o meu lugar. Nunca senti inveja de ninguém, nunca desejei o mal a ninguém, nunca deixei de ficar feliz com as vitórias alheias. Mas senti e ainda sinto até hoje um ciúmes tremendo quando alguém tenta tomar o pouco que consegui até hoje. As minhas pequenas vitórias, são todas orgulhosamente e exclusivamente MINHAS. Não obtive incentivos, não obtive ajudas e quando errei (e erro constantemente) não tive braços para me acolher. Eu não vou ser sozinha se continuar assim, agindo na impulsividade, agressividade. Eu já sou sozinha, sempre fui! As pessoas tem o costume e o erro de achar que as pessoas são exatamente aquilo que elas aparentam ser. E é aí que a gente se decepciona. Eu já me decepcionei tanto, que hoje, antes mesmo de alguém tentar me atingir, eu já tomo partido e já me recuo e tomo impulso antes mesmo que alguém tente. Pois, pra mim, essa confiança não existe. As pessoas são inconstantes, mudam o tempo todo e erram o tempo todo. Ninguém é perfeito e vai ser perfeito a vida toda. A conquista é diária e infinita. Não deve ser provada uma única vez, para mim, deve ser provada a cada instante de convivência. As pessoas dão sim inúmeras provas e honram o caráter estrondoso e brilhante que tem. Provam sim que uma amizade é baseada nessa confiança. Mas não é fácil para todo mundo. Principalmente quando existem feridas em você que ainda não cicatrizaram. Feridas que ainda doem quando alguém toca. Feridas que talvez nunca se cicatrizem.
Eu generalizo! E assim erro. Eu vomito palavras. O meu dom é uma arma que pode tanto ferir, quanto proteger. As vezes não sei usar esta arma. Travo batalhas que nem sei se valeriam a pena. Crio inimigos e barreiras que não existem. Luto sem motivos e sem esperanças. Sou uma soldada em constante guerra comigo mesma. Já perdi quase todo o meu batalhão e continuo perdendo soldados a minha volta pelos meus erros, pelos meus medos e pelos erros de estratégia. Continuo perdendo a batalha pois talvez ela nunca tenha existido. Tenho medo e vejo que eu mesma sou minha própria inimiga. Derrotada! Quem vai a uma guerra nunca mais consegue esquecê-la. Os soldados ouvem tiros, veem pessoas mortas, revivem no cotidiano uma luta sangrenta que dói, mesmo ela tendo acabado. Uma pessoa ferida, também continua revivendo coisas que deveriam ser deixadas para trás. Mas um soldado nunca deixa de ficar em estado de alerta.
Hoje, em mim, o que também me dói e muito, é ver que eu não me preocupo mais com a rejeição dos outros em relação aos meus erros. O que mais me dói é eu mesma reconhecer estes meus erros e me sentir enojada de mim, das minhas atitudes, dos meus pensamentos, da minha mesquinharia, desse meu orgulho, dessa minha auto privação. Dói saber que eu mesma perdi muitas coisas e muitas pessoas pelos meus erros. MEUS! Essa falta de quase tudo fez com que eu me tornasse tão individualista que, por mais que as pessoas ao meu redor tentem provar que me querem bem, que gostam de mim...eu ainda não consigo acreditar. E fico esperando que elas me decepcionem. Constantemente.
Não sei se talvez, algum dia, alguém vai conseguir fazer com que eu confie nela 100%. Estou tentando, as vezes fecho os olhos para muitas coisas que me magoam e finjo que não me atingiu. Mas estou ferida. É uma ferida pequena e a cada decepção ela se torna maior e a dor aumenta. Estou calejada. E esse vício mortal acaba comigo. Perco por todos os lados. Perco pessoas, perco o pouco de confiança que ainda tenho nas pessoas, perco o meu orgulho por mim mesma e muito mais. Perco de viver talvez aquilo que nunca tenho vivido por simples medo de tentar! Erros são difíceis, mas também não tenho medo de reconhecê-los e de tentar concertar. A gente vai vivendo, se fod*&%&...mas vai!

segunda-feira, 18 de abril de 2011

Feliz Aniversário, Pai

Queria mesmo ter forças para poder te ver e te falar tudo o que eu sinto. Queria poder sorrir de verdade quando te vejo e estar feliz de verdade por você estar completando mais um ano de vida. Eu estou na verdade e muito, só queria que fosse em outras condições e em outra situação; e te ver bem de verdade. Gostaria do fundo do meu coração de ser eternamente grata e ter orgulho de você, afinal você é o meu pai. Eu já tive e ainda tenho orgulho de você, apesar de tudo que aconteceu em nossas vidas e desta separação drástica. Achei que quando esta separação matrimônial acontecesse ela fosse só entre você e mamãe e não entre nós. É quase como se fosse um precipício, um abismo. Você às vezes me parece um estranho. Alguém de quem às vezes eu não me lembro e quando me lembro são só torturas e tristezas. Não consigo falar e nem agir normalmente quando estou perto de você e meu coração se reprimi sem mais delongas. Quando estou longe sinto uma vontade imensa de te abraçar e dizer o quanto eu Te Amo e sinto a sua falta, mas me falta muita coragem. Aprendi a ser fria e calculista. Ao mesmo tempo em que você não se esforça ao mínimo pra demonstrar que sente algo por mim eu, faço o mesmo e ainda pior. Estou congelada, sei lá. Não sei nem quantos anos você está completando hoje. Sinto vergonha disto. Ainda assim não esqueço essa data: importante, apesar de tudo.
Ainda assim, mesmo que você e mais ninguém saiba dos meus reais sentimentos por você e que você nunca leia e saiba eu quero e sempre quis o melhor por você e sinto muito em não podê-lo ajudar.
Faço o que posso, tudo o que for dentro do meu alcance e torço sempre pela sua felicidade. Estarei aqui, mesmo que distante estou torcendo por você. Torcendo para que um dia você veja as coisas que perdeu. As oportunidade que deixou para trás; e foram muitas meu querido pai. Só espero que um dia elas tornem a bater em sua porta e você não mais as perca.
Espero que neste dia e os próximos que viram você encontre alguém de verdade, alguém que te faça companhia e te ajude a sair da vida em que está. Infelizmente, não tenho forças suficientes para isso, mas se um dia eu tiver, serei a primeira a te dar os braços e te ajudar a levantar. Tenha força, mesmo que só. Lembre-se que amanhã nunca é tarde, só será tarde quando não houver amanhã. Eu te amo. Feliz Aniversário!